Hoje começou o Terra Madre 2024, sob a bandeira da reconexão e do sentimento de comunidade
27 Сен 2024 | Portuguese
O Slow Food reúne a sua rede global para promover energias de mudança em todo o mundo
Ontem, 3000 delegados de 120 países chegaram a Turim, Itália, representando o mundo inteiro com suas roupas tradicionais, mostrando as cores e povos diferentes a que pertencem. Muitos deles são indígenas, muitos vêm de áreas rurais e tiveram que viajar dias para chegar até Turim. Chegaram prontos para comemorar os 20 anos da primeira edição deste encontro que mudou a história do nosso movimento em todo o mundo.
Edward Mukiibi, presidente do Slow Food, fez um discurso apaixonado aos delegados que se reuniram sob o palco do Parco Dora, para a abertura do evento.
“Em 2008 eu participei do Terra Madre pela primeira vez. Aquele evento mudou toda a minha visão, como agrônomo e jovem agricultor. Cheguei como delegado e me fui como ativista. Hoje sou o presidente do Slow Food. Quando olho para trás para esses 20 anos, vejo os esforços e todo o trabalho feito por todos aqueles que estiveram aqui no passado. Olho para todos os delegados que não puderam vir por causa das guerras que assolam grande parte do mundo. Estamos com eles, somos solidários com eles e é como se eles estivessem aqui conosco. Terra Madre significa unidade na diversidade, é uma rede pacífica, tolerante e solidária. Estamos aqui e é uma grande alegria, mas não podemos esquecer a crise climática, ambiental, social e as injustiças que estão diante de nossos olhos. Não podemos ignorar a urgência e a interconexão dessas crises. A mudança deve começar agora e é a partir daqui que vai começar”.
Edie Mukiibi acrescentou:
“Terra Madre representa a história da rede Slow Food e o trabalho que tem feito. Tem um significado simbólico para refletir sobre o futuro do movimento, e também do sistema alimentar. É uma oportunidade de unir a rede e fortalecer a nossa grande família global, atuando para criar um futuro melhor para o mundo todo, cuidando da natureza como a natureza sempre cuidou de nós”.
Carlo Petrini, fundador do Slow Food, recomendou:
“Chegou o momento de um recomeço cultural e político, esta edição do Terra Madre exige um esforço para representar não apenas aqueles que trabalharam na rede ao longo últimos 20 anos, mas também aqueles que trabalharão conosco no futuro. O alimento é fundamental na transição ecológica global, representando um bem comum e de relações, precisamos acabar com esse mecanismo perverso que permite que algumas multinacionais tenham lucros enormes monopolizando a produção de alimentos”.
Uma mensagem de solidariedade e proximidade do Papa Francisco foi lida durante a cerimônia de abertura. O Papa lembrou a dor e violência que afligem a região amazônica, o “coração biológico” do planeta, onde moram 33 milhões de pessoas, sendo 2,5 milhões delas indígenas, muitas vezes obrigadas a suportar as decisões daqueles que acreditam apenas em tecnocracia e dinheiro.
Dali Nolasco Cruz, membro do Conselho Slow Food e referente da Rede dos Povos Indígenas, declarou:
“O Terra Madre é uma oportunidade para os povos indígenas lembrarem a todos que somos os principais defensores da biodiversidade. Precisamos mudar o mundo. Lembramos com urgência a todos, que nós, os indígenas, precisamos dessa mudança, para todos nós”.
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