A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura declarou 2016 o Ano das Leguminosas. Essas culturas de grãos secos, que incluem feijão, lentilha e grão-de-bico, são importantes para a segurança alimentar de comunidades de todo o mundo e têm o efeito adicional de fixar o nitrogênio na terra, contribuindo para a fertilidade do solo. Este mês, mostramos algumas dessas leguminosas superproteicas que embarcaram na Arca do Gosto!
1)Holanda – Kollumer Zoete Erwt (ervilha cinzenta doce) – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/kollumer-swiete-eart-sweet-gray-pea/
A ervilha Kollumer é uma variedade regional antiga que foi completamente esquecida até a década de 60. Apenas seis ervilhas foram salvas, formando a base de uma produção limitada que existe hoje na província de Friesland, norte da Holanda.
2)Índia – Ka Nub – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/ka-nub-bean/
O nome ka nub é muitas vezes traduzido como “o feijão gigante da selva”. São com frequência pendurados nas casas não apenas para secar, mas também como decoração. Além de seu uso culinário, o ka nub também era usado antigamente como sabão para lavar roupas e para o banho.
3)Venezuela – Mata de Todi – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/mata-de-todi-2/
Este feijão seco e torrado tem um sabor semelhante ao cacau. Historicamente, era moído e transformado num pó utilizado para fazer uma bebida com um sabor achocolatado.
4)Ruanda – Umwizarahenda – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/umwizarahenda/
Umwizarahenda é um feijão vermelho escuro cultivado no norte de Ruanda. Estes feijões são muitas vezes presenteados à noiva recém-casada durante a cerimônia de Gutekesha.
5)Turquia – Kara Mercimek – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/kara-mercimek-black-lentils/
As lentilhas pretas kara mercimek são cultivadas em solo seco e terras desertificadas da província de Kazımkarabekir. Apesar da casca escura, as lentilhas são avermelhadas por dentro. Esta variedade, com alto teor de proteína e ferro, é normalmente preparada como sopa.
6)Inglaterra – Carlin Peas – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/carlin-peas/
A ervilha Carlin tem este nome porque era tradicionalmente consumida no Domingo de Ramos, ou Carlin Sunday, durante a Quaresma do calendário cristão, mas também é um prato popular em Lancashire, servido na Noite de Guy Fawkes, dia 5 de novembro.
7)Panamá – Guandu – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/guandu-2/
O feijão guandu foi provavelmente trazido para o continente americano no século XVII pelo tráfico de escravos. Este feijão pode ser verde, preto ou pintado – dizem que o feijão preto é o mais saboroso e o verde é mais adequado para sopas.
8)França – Pois Blond de la Planèze – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/blonde-peas-from-the-planeze/
A área de produção é formada por pequenos “planèzes” (platôs basálticos encontrados em apenas dois vales da França). As ervilhas não são farinhentas e têm um sabor adocicado que lembra o da avelã. Numa receita tradicional, as ervilhas são cozidas com pés de porco durante 7-8 horas em fornos comunitários usados para fazer os pães da cidade.
9)Estados Unidos – Feijão Tepary – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/brown-and-white-tepary-bean/
O feijão Tepary se adaptou ao clima árido do sudoeste americano; é resistente à seca e amadurece com uma única irrigação ou chuvarada. Os índios Hopi usam o feijão Tepary para quebrar um jejum tradicional. O feijão é enterrado na areia quente e cozido em água salgada.
10)Itália – Feijão Branco de Frattura – https://www.fondazioneslowfood.com/en/ark-of-taste-slow-food/frattura-white-bean/
Quando a cidade de Frattura foi reconstruída em 1941, depois de um terremoto ocorrido em 1915, os moradores usaram as áreas onde ficavam suas antigas casas para cultivar o feijão branco. Todos os anos, em outubro, durante a festa da Pupazza, uma grande boneca de papel é construída com as varas que sustentam os feijões das hortas da cidade.