Slow Food lança a Semana Food for Change

16 Out 2018

Sete dias de empenho para combater as mudanças climáticas através das escolhas alimentares

Semana da Mudança no âmbito de sua campanha Food for Change que começou em 24 de setembro com o encerramento de Terra Madre Salone del Gusto e que prosseguirá até o final do ano.

Durante a Semana da Mudança, por sete dias, as pessoas que aderirem se comprometerão a pôr em prática três ações concretas: cozinhar utilizando apenas ingredientes locais, não comer carne ou reduzir a zero o desperdício de alimentos. Será possível optar por uma só das ações ou por todas elas.

A notícia é que, medindo concretamente as ações, podemos dar às pessoas a sensação de que o próprio comprometimento é útil. Com base no número de pessoas que tomarão parte nesse desafio, com a colaboração de Indaco2 (INDicadores Ambientais e CO2, spin-off da Universidade de Siena, Itália), Slow Food será capaz de estimar quanto CO2 eq. será poupado graças ao nosso empenho coletivo na Semana da Mudança.

Faltando poucos dias para o início da campanha, já contamos com a adesão de 2000 pessoas. Isso significa que, se até o final da semana, chegarmos a 5000 adesões para as ações propostas, então, a poupança de CO2 será de 64tC02eq, equivalentes a 175.000 km.

Razões para as três ações

Cozinhar usando apenas ingredientes locais. Um sistema de produção de alimentos local possui a vantagem de integrar alimentos saudáveis e nutritivos com a responsabilidade social pois prioriza os sistemas ecológicos, elimina ou reduz os produtos químicos e protege as técnicas e os conhecimentos tradicionais. Os alimentos locais são mais frescos, possibilitam a proteção de variedades e de espécies locais (sem falar dos métodos tradicionais de produção), percorrem menos quilômetros e requerem menos material de embalagem. Além disso, fazem com que os produtores e os consumidores possam ter mais informações e maior controle sobre os sistemas de produção e distribuição.

Não comer carne. Nestes últimos 50 anos, o consumo de carne quadruplicou. Cada cidadão da União Europeia consome, em média, 80,6 kg de carne por ano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, seria suficiente uma redução a 25 kg e, abater pela metade aquele total, seria uma vitória tanto para nossa saúde quanto para o planeta (“World Livestock 2011: Livestock in Food Security”, FAO, 2011). A quantidade de carne para uma dieta ideal é de 500 gramas por semana (ou seja, 2 kg por mês ou 24 kg por ano). Mais de 95% da carne que consumimos procede de criações industriais que, coletivamente, são responsáveis por 14,5% das emissões globais de gases de efeito estufa (“Tackling Climate Change Through Livestock”, FAO, 2013). A produção de um kg de carne bovina tem um custo de 36,4 kg de CO2 que equivale às emissões de um automóvel durante uma viagem de 250 km; e não menos de 15 mil litros de água.

Reduzir a zero o desperdício de alimentos. Todos os anos, na União Europeia, são desperdiçados aproximadamente 90 milhões de toneladas de alimentos (179 kg por pessoa). Desse total, 42% ocorrem a nível doméstico e 39% no setor manufatureiro. Os resíduos de alimentos representam um desperdício de recursos utilizados na produção, embalagem, transporte e armazenamento e também desperdício de solo, água, energia e insumos. Produzir alimentos que não serão consumidos comporta emissões de CO2 e também a perda de valor econômico do alimento produzido.

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