Slow Food 2.0: a volta ao mundo em seis novas comunidades

29 Jul 2018

collage comunità Slow FoodEm diversos países, a rede Slow Food está trabalhando para criar as novas comunidades. Vamos dar uma volta ao mundo, para descobrir as primeiras experiências que nasceram ao longo dos últimos meses.

Defender a biodiversidade graças às boas práticas

Comunidade Slow Food dos criadores do frango mushunu de Molo – Quênia

A comunidade é formada por 37 pessoas que, entre as diversas atividades, criam o frango mushunu de Molo (Fortaleza Slow Food) e cultivam hortas na África. Desde o ano de 2009, trabalham para preservar a biodiversidade da região, em particular a raça do frango local, conscientizando os consumidores sobre o risco de desaparecimento dos alimentos tradicionais. Graças à comunidade, serão organizados eventos e encontros na região, para dar início ao cultivo de produtos da Arca Slow Food. Além disso, a comunidade trabalhará lado a lado com o Slow Food Quênia para angariar fundos destinados a projetos de preservação da biodiversidade no país.

 width=A educação do gosto e a rede dos cozinheiros

Comunidade Slow Food Bilbao Ostalaritza Eskola – Bilbao (Espanha)

A educação do gosto e o papel fundamental dos cozinheiros são o foco das atividades da comunidade Slow Food Bilabo Ostalaritza Eskola. Os associados, docentes da escola hoteleira, comprometeram-se com a criação de uma horta com variedades locais, algumas das quais já parte da Arca do Gosto, e estão desenvolvendo uma parceria interessante com o espaço Basque Food Lab, no Campus da Escuela Superior de Hostelería de Bilbao, um laboratório didático de pesquisa e desenvolvimento, onde serão promovidas inúmeras atividades com os alunos e com os produtores locais. Além disso, a comunidade trabalha para apoiar, com sua contribuição anual, o projeto internacional da Aliança dos Cozinheiros do Slow Food.

 width=A sinergia da rede local para preservar antigas variedades

Comunidade dos Guardiães dos castanhais – Val Mongia – Piemonte (Itália)

A comunidade reúne 20 entre produtores de castanha e ativistas da região da Val Mongia, no sul do Piemonte, lugar famoso por seus antigos castanhais. A comunidade tem dois objetivos: de um lado a defesa da paisagem e a preservação da biodiversidade da região, do outro lado a conscientização da opinião pública sobre a importância desse patrimônio, criando verdadeiros projetos sociais (junto a associações que trabalham com pessoas com deficiências, ou imigrantes). Por isso, a comunidade trabalhará para incentivar a recuperação de boas práticas (como o pasto tradicional da vaca piemontesa, com a consequente adubação natural; podas e enxertos); para melhorar a secagem e para promover colaborações com Universidades e Institutos de pesquisa para melhorar a produção; além disso, organizará oficinas e eventos lúdico-formativos, empenhando-se para construir uma memória histórica (escrita e visual) da produção, através da recuperação de depoimentos orais e documentais. Por fim, empenha-se a apoiar, com sua contribuição anual, a Arca do Gosto do Slow Food.

 width=Uma nova comunidade da rede indígena

Comunidade indígena Chumbi do Equador para valorizar os alimentos tradicionais

Fundada por 15 membros, a comunidade indígena cruza diversos povos: Kichwa Otavalo, Karanqui, Cañari, Puruwa, Saraguro, Cayambis, Kitukaras entre outros, unidos, em particular, pelo desejo de preservar a própria soberania alimentar e pela luta por um acesso à terra. O objetivo principal é reunir as comunidades indígenas do país para valorizar suas culturas gastronômicas, através da organização de atividades de apoio aos produtores, a participação nos órgãos de governança da rede, a conscientização sobre os conhecimentos e as técnicas tradicionais e a promoção dos projetos Slow Food. Em particular, os membros organizarão momentos de aprendizagem e compartilhamento, entre os quais: encontros sobre o tema das sementes, agroecologia andina, direito à terra e à água, e um evento internacional que coloque no centro do debate os povos indígenas, seus conhecimentos e os produtos mais importantes ligados a suas tradições. Por fim, a comunidade compromete-se a apoiar, com sua contribuição anual, os projetos ligados à defesa da biodiversidade, em particular a Arca do Gosto e as Fortalezas.

 width=Um projeto para os jovens das áreas rurais

Comunidade dos jovens de Astana – Astana (Cazaquistão)

A comunidade nasce para promover as questões do Slow Food junto às jovens gerações, quer nos centros urbanos, quer nas áreas rurais que ainda hoje, no Cazaquistão, apresentam profundas desigualdades. O grupo trabalha em particular para preservar os conhecimentos gastronômicos tradicionais, organizando atividades em favor de jovens agricultores, para que possam ficar em suas terras. Para isso, está prevista a criação de uma plataforma online (bauyrsak.kz) para compartilhar experiências, conhecimentos, problemas e soluções, e a organização de encontros regionais para todos os ativistas procedentes da Ásia central. Além disso, entre os eventos mais importantes em cartaz, estão previstos: a Disco Baursak, uma disco-xepa dedicada não apenas ao tema do desperdício, mas também à ecossustentabilidade, e a Maratona do Gosto, uma viagem nas regiões rurais para descobrir e catalogar conhecimentos e receitas tradicionais. Por fim, a comunidade apoiará, com sua contribuição anual, o projeto internacional das hortas escolares.

A produção de queijo de leite cru para defender os pequenos produtores locais

Comunidade Slow Food para a valorização da produção de queijos de leite cru no Quebec – Canadá

A comunidade reúne mais de 15 pessoas, entre elas alguns produtores de queijo de leite cru do Quebec e ativistas da rede. Lutando contra a industrialização da produção de queijos e contra os tratados internacionais como o CETA, a comunidade tem por objetivo principal a criação de uma Fortaleza que não envolva apenas os produtores de leite cru do país, mas também todos aqueles que trabalham em todo o ciclo de produção de queijos. As atividades principais da comunidade serão dedicadas à organização de uma campanha de comunicação para conscientizar a opinião pública e favorecer o desenvolvimento de atividades de lobby junto ao governo, para garantir o direito a produzir queijos de leite cru, defendendo os pequenos produtores artesanais locais. Além disso, a comunidade compromete-se a apoiar, com sua contribuição anual, o projeto internacional das Fortalezas Slow Food.

 

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