O nosso planeta visto da água

20 Set 2016

Por ocasião do Terra Madre Salone del Gusto, o Slow Fish vai acompanhá-lo numa viagem pelas águas, analisando como podemos nos reconectar com os cursos d’água, construindo um futuro saudável para o mundo aquático, para as comunidades que dele dependem diretamente e para as populações cuja alimentação depende da pesca. A seguir, um resumo das atividades…

 

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Os cursos d’água são a corrente sanguínea do nosso planeta. Ventos e correntes bombeiam a água no oceano, o sol a água, levando-a de volta para a montanha, num belo ciclo de movimento perpétuo. O Slow Fish nos reconecta com os cursos d’agua. Ouça, pergunte, veja, experimente, brinque e transforme-se. Você nunca mais será o mesmo.

 

Ouça! Eles carregam a voz do invisível… A voz dos que são pequenos demais para serem vistos, a voz dos que se tornaram transparentes e silenciosos para o mundo.

 

Ainda muito desconhecidos, os sistemas hídricos sustentam a regulação do clima; irrigação; pesca; transporte; lazer; energia; extração e produção mineral; fluxos de sedimentos e nutrientes; e muito mais. Apesar de recursos comuns, os sistemas hídricos também são sujeitos a muitos abusos e grilagens, com graves consequências para o meio ambiente, para as nossas comunidades e culturas alimentares.

 

Pergunte! Pergunta é sinônimo de qualidade – quanto mais perguntarmos, maior será o valor em nosso barco e em nossa boca.

 

Paralelamente aos laboratórios e às palestras, todas as manhãs e tardes, oficinas de arte usando papel e latinhas de peixe usadas ajudarão a compreender e experimentar os aspetos mais importantes da sustentabilidade: a diversidade das espécies que vivem nas águas, do plâncton aos predadores; o poder destrutivo da acidificação; e também como usamos e consumimos a riqueza dos oceanos.

 

Brinque! Desperte a vida do peixe no gelo: conheça as formas estranhas e locais do mar – transforme-se!

 

O SFYN Tank (oficinas do Slow Food Youth Network) também explorará formas de pensar criativamente, usando uma abordagem multidisciplinar para valorizar o peixe em conserva.

 

Mergulharemos na diversidade, complexidade e interconectividade das questões que envolvem o peixe, ouvindo as histórias das comunidades que estão se organizando para se adaptar à mudança do ecossistema e resistir às forças que sistematicamente as marginalizam e enfraquecem.

Entenderemos o que a pesca responsável têm em comum com direitos territoriais indígenas, gestão florestal e transporte justo.

 

Ouça quem ouve o mar todos os dias – seus sussurros de angústia, suas canções de colheita – grite o que dizem para o mundo do papel

 

Também seguiremos os grandes rios e lagos do mundo, encontrando as pessoas que melhor os conhecem.

 

Celebraremos a diversidade da África, do Cabo da Boa Esperança ao Magrebe; do oceano Atlântico ao Índico; dos grandes lagos mitológicos às margens do rio Congo; e de pequenas a grandes ilhas, como São Tomé e Madagascar.

 

Experimente! O seu prato é o mundo: explore os territórios selvagens da pesca!

 

Iremos para o Mediterrâneo, que contém, no mínimo, 20% da biodiversidade aquática do mundo. Esse mar está hoje em condições críticas. Contamos com suas propostas para preparar o nosso próximo evento, o Slow Fish 2017, em Gênova, durante o qual analisaremos formas de recuperar o precioso mare nostrum.

 

O peixe também chegará às mesas dos chefs da Aliança: as anchovas no Nuvens de Herculano sob o céu de Turim; torta de plâncton no Vento Atlântico, siri mole no Prato de Sonhos, camarões da Ligúria nos Cheiros e Cores do Mar,

 

Experimente! Não um prato de peixe, mas um prato de marés, redes e anzóis – tudo o que não foi capturado, dando ainda mais sabor.

 

Segunda à tarde, é hora de comemorar!

Um leilão de peixe, onde o lance mais alto leva não um peixe de verdade, mas uma gravura de peixe (Gyotaku), uma escultura feita com conchas ou uma bela peça realizada com latinhas de peixe recicladas na oficina de arte. O dinheiro arrecadado no leilão será destinado à Comunidade do Terra Madre do Equador, arrasada por um terremoto em abril deste ano.

 

Veja! Anéis de crescimento nas escamas dos peixes, a breve impressão digital do pescador na carne do peixe – uma sem a outra é uma história sem alma.

 

Ouça as histórias que as águas trazem do mundo inteiro. Venha ao Slow Fish durante o Terra Madre Salone del Gusto e conheça o seu pescador!

 

 

* Os trechos poéticos fazem parte do Manifesto poético do Slow Fish dos Mares do Norte, de John Wedgwood Clarke.

 

 

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