Pensando adiante: Capacitação de lideranças Slow Food na América Latina e no Caribe

20 Jan 2022

Com o objetivo de fortalecer as comunidades e os valores do movimento, o escritório do Slow Food América Latina e Caribe, com o apoio de representantes de associações nacionais e conselheiros internacionais, realizou um ciclo de capacitação  à distância chamado “Capacitação de Liderança Slow Food para Alimentos bons, limpos e justos na América Latina e no Caribe”.

O programa foi oferecido em espanhol, português e inglês com serviços de tradução para garantir a inclusão e integração de todos os participantes, que aprenderam sobre liderança, ativismo, estratégias de comunicação e advocacy, mobilização de recursos, planejamento e imersão na filosofia do movimento.

A capacitação também se tornou uma oportunidade para a troca de idéias, iniciativas e conhecimentos entre os participantes, abrindo o caminho para a expansão de visões e colaborações futuras na região.

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Uma experiência que eu recomendaria a qualquer pessoa. Christina Pooler, Slow Food Barbados.

Para Christina, viver esta experiência com outros jovens Slow Food da América Latina e do Caribe foi fundamental para entender como funcionam suas seções e as diferentes perspectivas. Da mesma forma, ela compartilhou sua própria experiência, permitindo-lhes comparar iniciativas e compreender as implicações de um papel de liderança.

Quanto ao futuro, ela já está ansiosa para implementar as estratégias aprendidas no programa com o resto doa rede Slow Food Barbados, bem como apoiar outros ativistas da rede para planejar suas ações de forma eficiente.

Ela diz que o conteúdo do curso “ajudará com os diferentes eventos que temos ao longo do ano, para ter uma ideia clara de quem é o público, e o que queremos alcançar no final dessa captação de recursos”. 

“Participar foi um antes e um depois”. Luis Quiroz – Porta-voz da Comunidade da Academia Slow Food em Gastronomia e Nutrição Tijuana, México.

Da perspectiva de Luis, cada encontro trouxe algo novo, não apenas em nível estratégico ou organizacional, mas como uma fonte de motivação para continuar trabalhando, ajudando a expandir a visão, obter novas ideias e se conectar com a região.

“Aprendemos sobre a captação de recursos, tivemos muitas ideias e às vezes nos limitávamos, mas estar capacitado a cada quinze dias com os especialistas, pessoas que têm mais experiência, foi enriquecedor”.

Ele diz que sente que esta oportunidade lhe deu o ímpeto para realizar projetos maiores e mais ambiciosos, vendo que eles podem alcançar um impacto maior ao unir a rede. Neste sentido, ele já está pensando em trabalhar com o Slow Food Califórnia e a Ensenada.

Precisamos nos aproximar da comunidade urbana para começar a implementar práticas que tragam alimentos bons, limpos e justos para a cidade. Zhamis Benicio – Slow Food Manaus através do Legado Alimentar da Amazônia, Brasil.

Para Zhamis, um dos principais benefícios deste programa foi gerar vínculos para fortalecer o movimento e compartilhar as informações recebidas com as comunidades.

Em termos de planos futuros para incorporar o que aprendeu, ele já está agindo e contatando outros grupos. Planeja compartilhar o que eles viram durante o encontro com a comunidade de Manaus, bem como iniciar a articulação de uma comunidade indígena Slow Food dentro de seu estado que possa implementar projetos compartilhados de outras redes na América Latina. 

As informações da capacitação viajaram para a comunidade que defende o patrimônio alimentar em torno da mandioca, que se organiza de forma capilar em todo o país, o que também os têm ajudado na articulação de seus esforços.

A ide

ia é alimentar este círculo, arrebentar a bolha para que possamos ter mais pessoas, comunidades e ações”, diz Zhamis.

“O mais valioso foi criar estes espaços de encontro e troca de conhecimentos”. Mayra Galindo – Slow Food Biodiversidade e Alimentos – Munti, Cesar na Colômbia.

“Quando somos líderes em um território, enfrentamos diferentes desafios e situações que às vezes criam dúvidas sobre o que está sendo desenvolvido e como alcançar o que propomos, e é por isso que ouvir outras vozes que realizam ações semelhantes e passam por situações e contextos semelhantes convence que você não está sozinho por trás dos objetivos que se tornam comuns e é quando a magia acontece e o desejo de continuar apesar das vicissitudes aumenta”, Mayra, juntamente com Zhamis, Luis e Christina, aprecia o intercâmbio de experiências entre países, bem como as ferramentas para uma gestão e processos robustos e eficientes.

Mayra planeja incluir os novos conhecimentos em seus projetos atuais e futuros, como a criação de uma reserva que “será uma floresta escolar onde replicaremos continuamente tudo o que aprendemos para que mais pessoas unam seus corações em ações para o bem comum”.

Compartilhar conhecimentos, atualizar processos e reforçar a filosofia e a razão de ser do Slow Food não tem sido apenas uma fonte de motivação para esses jovens líderes do movimento, mas tem lhes dado ferramentas para que seu trabalho tenha um impacto na conservação da sociobiodiversidade, práticas resilientes e sistemas alimentares bons, limpos e justos.

Para acessar o conteúdo completo das aulas: https://www.youtube.com/watch?v=G5PVDUuk100&list=PL7A_wyA6K1vT1uLDDu8QeIe4R14yr724b 

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