Terra Madre Brasil apresenta propostas práticas para valorizar a ecogastronomia

23 Mar 2010 | Portuguese

A diversidade de sabores, saberes e pessoas foi a tônica da segunda edição do Terra Madre Brasil, que reuniu cerca de 600 participantes para compartilhar experiências e formular propostas de trabalho com o intuito de alavancar os programas da Fundação Slow Food para Biodiversidade. Categorias do setor agroalimentar – como chefs, acadêmicos, produtores, co-produtores -, regiões e etnias, discutiram os rumos da agricultura sustentável no Brasil, apresentaram projetos bem sucedidos e atividades com potencial gastronômico.

Engajamento, comprometimento e fraternidade marcaram o encontro da rede, que começou em 2004 e hoje se estende por todo o país com mais de mil membros, em 23 convivium com oito Fortalezas e 20 produtos catalogados na Arca do Gosto e 60 comunidades do alimento. Além da troca de experiência entre os membros da rede, cada categoria se reuniu, separadamente, para debater sua atuação na cadeia produtiva alimentar e definir estratégias práticas para se conectar ao sistema de produção e consumo.

Entre as propostas apresentadas para fortalecer os programas destinados à preservação dos alimentos e das comunidades, estão ações voltadas para a comercialização e distribuição. É o caso dos produtores que sugeriram acesso facilitado à emissão de certificação para que valoriza o produto. Hoje, eles enfrentam dificuldades burocráticas e financeiras para obter o selo. Outra solicitação da rede é a divulgação das informações através dos meios de comunicação e de ferramentas democráticas como as mídias sociais para compartilhar e incentivar. O apoio das universidades, a ampliação da lista de alimentos protegidos pela fundação, como a araruta do recôncavo baiano, são sugestões para implementar na rede. Outra iniciativa do grupo é investir na formação de agricultores com a filosofia do movimento que defende a produção de alimento “bom, limpo e justo”.

Já os chefs de cozinha propuseram atuar como ponte entre a agricultura familiar e os restaurantes. “O chef tem um olhar diferenciado quando visita um território”, explica a chef Teresa Corção, idealizadora do instituo Maniva e do conselho de Ecochefs. Para ela, o Terra Madre permite que os cozinheiros aprendam com os agricultores e descubram novos sabores ainda desconhecidos no Brasil. Este ano, a região Centro-Oeste teve aumento significativo de participação em grupo e por categoria. Já existem quatro convivium na região e, neste encontro, segundo Kátia Karam, líder do convivium de Pirinópolis (GO), os membros puderam se conhecer e promover a articulação de projetos. Ela cita o encontro cultural em os produtores da castanha de baru do Cerrado com os do Mato Grosso do Sul.

Os acadêmicos, por sua vez, apresentaram e discutiram propostas bem estruturadas, como a criação de um fórum virtual temático, para troca de saberes e experiências concretas entre membros da rede. Para eles, o grande desafio é como dar continuidade aos projetos idealizados durante o Terra Madre. E fazer com que o encontro vá além dos quatro dias. Outra grande idéia foi estabelecer parceria com órgãos públicos para realizar editais, linhas de pesquisa e bolsas de extenção. A pesquisadora Carla Cipolla, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou o papel regional da universidade em apoiar os agricultores e identificar produtos para entrar na Arca do Gosto. A produtora Maria Araújo, de Barbalha no Ceará define a sinergia do segundo Terra Madre Brasil: “O povo que perde sua cultura, perde sua identidade. Não podemos mudar a cultura do outro, mas ajudá-lo”.

Serviço

II Terra Madre Brasil: http://terramadre.slowfoodbrasil.com
II Salão dos Territórios: http://portal.mda.gov.br/salaodosterritorios
Entre Estantes e Panelas: http://migre.me/oEgf
Centro Universitário SENAC Santo Amaro: http://migre.me/oEgV

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