O evento Indigenous Terra Madre 2015 vai se realizar no próximo mês de novembro, no nordeste da Índia

12 Aug 2015 | Portuguese

 Representantes das comunidades indígenas do mundo inteiro, preparam-se para celebrar suas culturas alimentares durante o encontro internacional que se realizará em Shillong

Indigenous Terra Madre 2015 (ITM 2015) – que vai acontecer de 3 a 7 de novembro de 2015, em Shillong (Meghalaya, Índia) – vai reunir representantes das comunidades indígenas do mundo inteiro, para celebrar as suas tradições alimentares e falar sobre como os conhecimentos tradicionais e o uso sustentável de recursos naturais pode contribuir para o desenvolvimento de sistemas alimentares bons, limpos e justos.

O evento é o resultado de uma colaboração entre o Slow Food, o Indigenous Partnership for Agrobiodiversity and Food Sovereignty (Indigenous Partnership) e a North East Slow Food and Agrobiodiversity Society (NESFAS). Representantes de comunidades indígenas de Canadá, EUA, México, Brasil, Colômbia, Chile, Argentina, Peru, Paraguai, Nicarágua, Equador, África do Sul, Egito, Angola, Botsuana, Uganda, Tanzânia, Etiópia, Quênia, Mali, Senegal, Mauritânia, Marrocos, Mongólia, Quirguistão, Cambógia, Tajiquistão, Austrália, Nova Zelândia, Ilhas Salomão, Vanuatu, Nova Caledônia, Ilhas Fiji, Indonésia, Filipinas, Japão, Papua Nova Guiné, Guatemala, Tailândia, Laos, Malásia, China, Rússia, Ucrânia, Alemanha, Noruega, Suécia e Holanda, participarão do evento, podendo interagir e conversar com representantes das agências das Nações Unidas, como o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), organizações internacionais, organismos de pesquisa, cientistas e políticos, que defendem, cada vez mais, os povos indígenas e suas práticas antigas, que ajudam a preservar o equilíbrio ecológico.

O tema do evento é “O futuro que queremos: perspectivas e ações indígenas”; os primeiros três dias haverá um calendário intenso de oficinas e sessões plenárias sobre muitos temas importantes, entre os quais: a soberania alimentar, os modelos alternativos (indígenas) de produção alimentar sustentável, a importância dos conhecimentos tradicionais, o direito à terra, a diversidade dos idiomas indígenas e a preservação da agrobiodiversidade. O evento será sediado por 41 vilarejos locais, contando com a participação de inúmeras comunidades do alimento, dando voz a alguns dos membros mais marginalizados da sociedade.

Phrang Roy, Conselheiro para as questões indígenas do Slow Food Internacional, Coordenador do Indigenous Partnership e Presidente do NESFAS, afirmou: “Temos confiança de que a edição de 2015 do Indigenous Terra Madre será uma oportunidade única para os delegados e para os participantes todos”. Acrescentou ainda: “As 41 comunidades locais que serão sede do evento sugeriram que o evento tivesse um nome local, por isso foi chamado Mei-Ramew Internacional 2015. ‘Mei-Ramew’ significa Mãe Terra no idioma local Khasi. A ideia é fazer com que o encontro seja um evento dos Povos Indígenas para os Povos Indígenas”.

A primeira edição do Indigenous Terra Madre realizou-se em 2011, em Jokkmokk, na Suécia, e havia sido organizado pela população Sápmi. Foi o primeiro evento Slow Food totalmente dedicado aos Povos Indígenas e contou com a participação de 300 delegados, procedentes de 31 países, 70 diversos grupos étnicos e 50 comunidades indígenas. O Indigenous Terra Madre 2015 será uma ótima oportunidade para avaliar os avanços realizados desde o último evento, além de chamar a atenção para a evolução do alimento e as questões agroecológicas relativas aos Povos Indígenas.

Na região nordeste da Índia moram mais de 250 grupos indígenas, sendo considerada uma das regiões com a maior diversidade biocultural do mundo. Os eventos dos primeiros três dias serão organizados no Campus da North Eastern Hill University (NEHU), em Shillong, uma das Universidades federais da Índia. No quarto dia haverá visitas no campo, em dez dos vilarejos que serão sede do evento, onde os participantes terão a oportunidade de passar um tempo e trocar ideias com os membros das comunidades do alimento locais, em seus territórios. No último dia, haverá um festival do alimento e uma cerimônia de encerramento, nas deslumbrantes colinas em volta do bosque sagrado de Mawphlang, a 25 km de Shillong.

A inauguração, terça-feira, dia 3 de novembro, contará com a participação do Ministro-Chefe de Meghalaya, Dr. Mukul Sangma, membro da comunidade indígena Garo local. Líderes indígenas conhecidos internacionalmente, como Victoria Tauli-Corpuz, relatora especial das Nações Unidas para os direitos dos povos indígenas, Myrna Cunningham, ex-presidente do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas das Nações Unidas e Winona LaDuke, escritora e ativista de fama internacional, também estarão presentes. Carlo Petrini, fundador e presidente do Slow Food Internacional, vai falar de como o Slow Food e o movimento alimentar dos povos indígenas podem trabalhar juntos por um futuro agrícola mais justo e sustentável.

Durante o último fórum dos Povos Indígenas que se realizou em Roma, no passado 14 de fevereiro na sede do FIDA, Carlo Petrini afirmou: “O Slow Food busca preservar a biodiversidade agrícola e alimentar, como ferramenta para garantir um futuro para o nosso planeta e para a humanidade como um todo: não teria sentido defender a biodiversidade sem defender, ao mesmo tempo, a diversidade cultural dos povos e seus direitos a governar os seus territórios. O direito dos povos a controlar suas terras, cultivar seus alimentos, caçar, pescar e cultivar segundo suas necessidades e hábitos, é um direito inalienável”.

O website do Indigenous Terra Madre 2015 está online: http://www.indigenousterramadre.org/shillong2015/

O Indigenous Terra Madre 2015 deseja agradecer o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD), o Christensen Fund e o Governo de Meghalaya, pelo apoio financeiro recebido. O Indigenous Terra Madre 2015 agradece ainda o Tamalpais Trust, a Swift Foundation, o AgroEcology Fund, Bread for the World e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Terra Madre é uma rede mundial, criada pelo Slow Food em 2004, que reúne produtores de pequena escala de 163 países, que defendem uma produção alimentar sustentável. A rede do Indigenous Terra Madre inclui atualmente: 372 comunidades do alimento indígenas, 41 projetos de Fortalezas e 308 produtos indígenas da Arca do Gosto. Para maiores informações:  http://localhost/slowfood/international/149/indigenous-terra-madre-network

Conheça as histórias dos Povos Indígenas do mundo inteiro, visite o website do Slow Food, na seção das “Vozes Indígenas”: http://localhost/slowfood/international/food-for-thought/slow-themes/260987

Para maiores informações, entre em contato com o Departamento de Imprensa do Slow Food Internacional:

Paola Nano, +39 329 8321285 [email protected]

O Slow Food envolve milhões de pessoas que se dedicam e que defendem o alimento bom, limpo e justo: são cozinheiros, jovens, ativistas, agricultores, pescadores, especialistas e acadêmicos, em mais de 158 países. A rede conta com mais de 100.000 associados, reunidos em 1500 convivia (grupos locais) no mundo inteiro. Os associados contribuem ao movimento com suas inscrições, e com a organização de eventos e de campanhas. A rede conta ainda com mais de 2000 comunidades do alimento do Terra Madre, que praticam, de forma sustentável, a produção de pequena escala de alimentos de qualidade.

 

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