Em Maputo nasce o primeiro Mercado da Terra da África

31 Oct 2013 | Portuguese

Reunir os pequenos cultivadores e consumidores para apoiar a produção local: é o objetivo da iniciativa realizada na capital de Moçambique pela Ong italiana GVC e a Fundação Slow Food para a Biodiversidade. A inauguração será no sábado, dia 2 de novembro

Pela primeira vez na África, sábado, dia 2 de novembro, das 10:00 às 16:00, realiza-se em Maputo (Feima, Jardim do Parque dos Continuadores, Av. Martires da Machava) o Mercado da Terra, organizado na capital de Moçambique pela Ong GVC de Bolonha, Itália, e pela Fundação Slow Food para a Biodiversidade.

O Mercado da Terra não é um mercado qualquer: é um tipo de mercado criado, em 2005, pelo Slow Food, e realizado em diversas cidades do mundo (da Áustria à Índia, de Israel aos Estados Unidos). Os Mercados da Terra são lugares onde se preservam a biodiversidade e a cultura alimentar locais, promovendo a sazonalidade, e criando um contato direto entre pequenos produtores e consumidores.

“O Mercado da Terra representa uma atividade inovadora para Moçambique, coerente com a missão e o trabalho do GVC na África, também em países como Burundi e Burkina Faso, para promover a sustentabilidade ambiental – afirma Patrizia Santillo, presidente do GVC -. Ajudar os pequenos produtores através de um apoio à produção de qualidade e do acesso ao mercado, significa não apenas aumentar a sua renda, mas também ajudar toda a comunidade e melhorar a vida de todos, promovendo um desenvolvimento com soberania alimentar e respeito pelo meio ambiente”.

“A abertura do primeiro Mercado da Terra na África é um resultado extraordinário, fruto da experiência e do trabalho do Slow Food em 25 países africanos, e representa o cumprimento de um objetivo considerado ambicioso até nos países do Norte do mundo: as regras que os produtores devem respeitar (qualidade dos produtos, sazonalidade, proximidade do local de produção, justiça social) são imprescindíveis” declara Piero Sardo, presidente da Fundação Slow Food para a Biodiversidade. “Além disso, o Mercado testemunha a vitalidade e a riqueza da produção alimentar tradicional desta região”.

Uma vez por mês, o Mercado da Terra de Maputo vai reunir, no Parque dos Continuadores, pequenos agricultores e produtores da província. Serão vendidos apenas produtos “bons, limpos e justos”, isto é produtos locais, de temporada, e por preços justos para os produtores e para os consumidores. Haverá frutas, verduras, peixe fresco, arroz e também sucos de fruta, geleias e badjias, os bolinhos de feijão, típico de Moçambique. Para favorecer a troca de boas práticas, nos próximos meses está prevista uma missão para a Itália do responsável pelo Mercado da Terra de Maputo, com uma visita ao Mercado da Terra de Bolonha.

O Mercado da Terra de Maputo nasce da colaboração entre a Ong italiana GVC e o Slow Food, no âmbito de um projeto de promoção da agricultura sustentável, financiado pela Região Emilia-Romagna e realizado pelo GVC, com o apoio da Unac – União Nacional de Camponeses de Moçambique -, a Ong Essor e a associação Convivium Muteko-Waho.

GVC

GVC – Gruppo di Volontariato Civile (grupo de voluntariado civil) é uma organização não governamental leiga e independente, fundada em Bolonha em 1971.

Desde a sua criação o GVC luta para melhorar as condições de vida das populações dos países em desenvolvimento, através de projetos de cooperação internacional e ações de paz e solidariedade. O GVC está presente em 24 países em: Ásia, África subsaariana, Oriente Próximo e Oriente Médio, América Latina e Europa, com ações nos setores de saúde, educação, nutrição, desenvolvimento socioeconômico e rural e reconstrução pós-emergência, realizadas por 70 cooperantes italianos e 3.500 operadores locais.

Além dos projetos de cooperação internacional, o GVC promove ações de advocacia, campanhas de informação e conscientização sobre os temas de desenvolvimento, juntamente com a Itália, a Europa e os demais países onde está presente.

SLOW FOOD

O Slow Food é uma organização internacional que trabalha para que todos possam conhecer e valorizar a boa comida: boa para quem come, para quem cultiva e para o meio ambiente. O Slow Food é uma associação sem fins lucrativos, que luta para que as pessoas sejam mais conscientes de que as escolhas alimentares de cada um podem ter consequências sobre todo o sistema. Para o Slow Food, a comida de qualidade é um direito de todos, e cada um de nós, portanto, tem a responsabilidade de preservar o patrimônio da biodiversidade, cultura e saberes transmitidos que tornam o ato de comer um dos prazeres fundamentais da existência. Graças a seus projetos e à rede de comunidades do alimento do Terra Madre, o Slow Food reúne milhões de pessoas em 150 países.

Para maiores informações:

Departamento de imprensa da GVC

Manfredi Liparoti, +347 5027432, [email protected], www.gvc-italia.org

Departamento de imprensa do Slow Food Internacional

Paola Nano, +329 8321285 [email protected], www.slowfood.com

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