Carlo Petrini participa dos trabalhos do Sínodo da Amazônia convocado pelo Papa Francisco no Vaticano de 6 a 27 de Outubro
09 Oct 2019 | Portuguese
O presidente internacional do Slow Food acompanha os trabalhos como ouvinte
Carlo Petrini está participando nestes dias do Sínodo “Amazônia: novos caminhos para a igreja e para a ecologia integral” no Vaticano. Na lista de participantes, elaborada pelo Papa Francisco, Carlo Petrini se encontra entre os ouvintes laicos, provenientes de diferentes partes do mundo.
Este Sínodo Especial para a região pan-amazônica envolve bispos de nove países cujos territórios incluem porções da floresta. O encontro foi convocado pelo Papa Francisco em outubro de 2017, quando a questão da sobrevivência do que se considera o pulmão da Terra ainda não enfrentava o drama atual.
As florestas amazônicas são florestas primárias, que abrigam em torno de 15% da biodiversidade do planeta e armazenam entre 150 e 200 milhões de toneladas de carbono a cada ano. Atualmente, entretanto, as mudanças climáticas e o aumento das intervenções humanas – em primeiro lugar, o desmatamento -, estão colocando em risco os ecossistemas e exercendo fortes pressões sobre as comunidades locais.
Um dos convidados especiais é Ban Ki Moon, ex-secretário geral da ONU. A lista de participantes também conta com trinta mulheres, religiosas e laicas. E entre as ouvintes também se encontra Patricia Gualinga, líder indígena e ferrenha defensora dos direitos humanos das comunidades quéchua de Sarayaku (Equador).
Carlo Petrini declarou: “É exatamente a partir das comunidades indígenas que devemos começar de novo: detentoras de uma sabedoria diferente da nossa e guardiãs da biodiversidade, essas comunidades são as interlocutoras com as quais é necessário dialogar. O diálogo deve ser entendido como método e processo de aprendizagem, uma forma de garantir que a inculturação não seja unidirecional, mas que se converta em um intercâmbio mútuo daquilo que se pode aprender. O Amazonas neste Sínodo realmente representa a parte do todo, é a esperança e um novo paradigma de todo o ecossistema, e ao mesmo tempo uma demonstração concreta da crise ambiental, econômica e social que estamos vivenciando e da qual somos cúmplices.”
O Slow Food está presente nos países e territórios da selva amazônica e trabalha com as comunidades indígenas que fazem parte da rede mundial Terra Madre Indígena, valorizando seu enfoque holístico e fortalecendo os laços com todos o movimento para promover os sistemas de produção de alimentos dessas populações. Existem oito Fortalezas Slow Food dedicadas a produtos indígenas no Brasil, Peru, Colômbia e Equador.
Escritório de Imprensa do Slow Food
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O Slow Food é uma rede mundial de comunidades locais fundada em 1989 com o objetivo de contrabalançar o desaparecimento das tradições alimentares locais e a difusão da cultura do fast food. Desde então o Slow Food cresceu e se transformou em um movimento global, que envolve milhões de pessoas em mais de 160 países e que trabalha para que possamos ter acesso a uma alimentação boa, limpa e justa. O Slow Food é, portanto, uma ampla organização que cumpre um papel essencial em todo o movimento.
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