No Congo, está tudo pronto para a segunda edição do Terra Madre Grands Lacs

Os lagos e as florestas são o nosso patrimônio ancestral, vamos protegê-los para as gerações futuras

A segunda edição do Terra Madre Grands Lacs, evento internacional organizado pela rede Slow Food local na República Democrática do Congo, começará em breve. De 12 a 14 de dezembro, mais de 150 delegados do Quênia, Uganda, Tanzânia, Ruanda e Congo, além de 50 jovens mulheres indígenas da região, participarão do evento em Goma. Este ano, serão tratados três temas principais: a gestão da pesca lacustre na região, a agroecologia baseada nos conhecimentos e nas práticas dos povos indígenas e o envolvimento ativo dos jovens no futuro da agricultura.

Os conhecimentos tradicionais das comunidades locais e dos povos indígenas da região serão analisados e tomados como objeto de estudo de caso para desenvolver estratégias compartilhadas de conservação e preservação dos ecossistemas locais. A região é rica em recursos naturais, mas a sua biodiversidade tem sido ameaçada por conflitos que ainda afetam algumas áreas da região. Daí a importância de um evento para debater como a paz e a segurança podem ajudar a salvar a biodiversidade alimentar local. Também são necessários mecanismos regionais para a gestão sustentável dos recursos lacustres e florestais, a fim de consolidar a paz e assegurar o convívio harmonioso das diferentes comunidades.

Além de oficinas e conferências sobre gestão de recursos, projetos Slow Food na região e direitos alimentares, o evento incluirá um mercado local, onde os visitantes poderão descobrir e degustar os produtos tradicionais, encontrando pescadores, agricultores e chefs. Durante o evento, a rede nacional Slow Food se reunirá para discutir o futuro do movimento na região e seus próximos projetos.

O evento é organizado pelo convivium Slow Food Goma-Karisimbi e Tanganyika, em parceria com a organização nacional Slow Food, o Programme Intégré pour le Développement du peuple Pygmée au Kivu, (PIDP-SHIRIKA LA BAMBUTI), o Ministério da Educação dos Países em Desenvolvimento (MEPA Ongd) e o Cadre d’Appui pour la Recherche des Solutions (CARS) com o apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), do AgroEcology Fund e do Governador de Kivu do Norte, Carly Nzanzu Kasivita.

Objetivo da colaboração entre o FIDA e o Slow Food é empoderar as comunidades indígenas e os jovens e melhorar a subsistência dos beneficiários, defendendo e promovendo seu patrimônio alimentar, e apoiando a sustentabilidade e resiliência de suas práticas. Isso se dará aumentando o valor econômico de seus produtos alimentares locais e fortalecendo a rede global do Indigenous Terra Madre, aumentando o número de membros que contribuem para as decisões políticas. O projeto visa coletar e divulgar os conhecimentos e a aprendizagem baseada em evidências sobre como esses dois objetivos podem ser alcançados.

Lighthouse Foundation apoia abordagens integradas e de longo prazo da relação entre seres humanos e o ambiente marinho no contexto do desenvolvimento sustentável. São os oceanos que dão ao nosso planeta a sua identidade: o planeta azul, o globo aquático. O Slow Food e a Lighthouse Foundation estão lançando iniciativas conjuntas para promover a pesca artesanal e espécies negligenciadas, inspirando uma reflexão sobre o estado e a gestão dos recursos marinhos.

Com a divulgação de práticas agroecológicas e dos conhecimentos dos produtores sobre cultivos agroecológicos, o projeto “Building Local Economies in East Africa Through Agroecology” (Construindo Economias Locais na África Oriental Através da Agroecologia), financiado pelo AgroEcology Fund, visa fortalecer as economias locais e melhorar a subsistência das comunidades no Quênia, Uganda, República Democrática do Congo e Tanzânia. Isso será feito aumentando as oportunidades de mercado baseadas no contato direto entre produtores e consumidores, gerando maior renda, mais emprego e bem-estar (como efeito multiplicador), e contribuindo para uma nova narrativa da agroecologia. Essa narrativa é essencial para uma mudança cultural mais ampla, no sentido de considerar a agroecologia “a agricultura do futuro” e para defender mudanças duradouras.

  Para mais informações, escreva para:
Assessoria de Imprensa Internacional Slow Food
[email protected]ood.it

Terra Madre Grands Lacs
Jean-Pierre Kapalay, [email protected]
Nicolas Mushumbi, [email protected]

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