Terra Madre Indígena 2024 – Povos de Abya Yala, será celebrado na Cidade do México de 6 a 10 de março

14 Feb 2024 | Portuguese

Os povos indígenas se reunirão para resistir na mesa, alimentar o futuro e impedir a colonização alimentar

De 6 a 10 de março de 2024, 80 representantes do México, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Brasil se reunirão como povos na Cidade do México na 2ª Terra Madre Indígena – Povos Abya Yala, América em língua Kuna. Sob o tema “Os povos indígenas resistindo à mesa para alimentar o futuro e parar a colonização alimentar” serão organizadas conferências, debates, workshops de sabor e momentos culturais para celebrar a diversidade, beleza e requinte das culturas alimentares indígenas, sensibilizar para os direitos dos povos indígenas e reeducar para o sabor. Experiências e exemplos serão mostrados para que todos possam descolonizar a sua comida.

A campanha internacional Descolonize sua Alimentação, da qual a ato Terra Madre Indígena é o último passo, liderada pela Rede Slow Food de povos indígenas, tem como objetivo partilhar alguns dos esforços em curso para proteger a comida dos povos indígenas da extinção e ajudar as pessoas a descobrir origens indígenas pouco conhecidas da comida diária, bem como locais onde ainda são produzidos por comunidades locais.

O evento Terra Madre Indígena – Povos Abya Yala terá lugar no Complexo Cultural “Los Pinos” na Cidade do México, haverão momentos públicos, com visitantes e convidados, e privados, com workshops e visitas guiadas, para refletir coletivamente na caminhada da Rede Slow Food dos povos indígenas.

Estas reflexões vão girar em torno de várias questões, como o papel dos defensores da vida do planeta pelos povos indígenas, que é ameaçado por fatores como a migração devido à falta de oportunidades, assimilação cultural, apropriação de terras, as práticas agrícolas insustentáveis e a violência contra os defensores da Terra Madre. Isto coloca em risco a segurança alimentar e a soberania das nossas comunidades e, portanto, a diversidade cultural e biológica da qual somos guardiões.

Nos territórios dos povos indígenas, 80% da biodiversidade mundial está protegida, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Este fato mostrou à comunidade internacional a importância dos povos indígenas na salvaguarda da vida do planeta. Na América, ou melhor, em Abya Yala, há uma parte importante dessa diversidade que os povos indígenas, com seus conhecimentos, práticas de gestão ambiental e sistemas de governança, contribuem para proteger. Na verdade, protegeram alimentos únicos que lhes permitiram alimentar e nutrir as suas comunidades sem prejudicar a Terra Madre. Sistemas alimentares nativos holísticos podem ser a resposta para questões mundiais, como a mudança climática e a segurança alimentar.

Além disso, há uma colonização culturalmenos óbvia que ocorre através da alimentação: os alimentos industriais e globalizados estão a substituir os tradicionais e locais. Os meios de comunicação social e as políticas públicas incentivam o seu consumo e produção, criando insegurança alimentar, perda de sabores, saberes, celebrações gastronômicas, economias locais e identidades alimentares, afetando especialmente os jovens indígenas.

Os povos indígenas sempre ativaram processos de resistência à colonização alimentar, preservando sementes, ingredientes, práticas alimentares e, portanto, protegendo a biodiversidade cultural e biológica, cuidando do meio ambiente. É essencial que as pessoas reconheçam o seu papel e reforcem o seu compromisso em defender as suas culturas.

O Terra Madre Indígena – Povos de Abya Yala 2024 é organizado pela organização indígena Timo’Patla Intercultural, a Rede Slow Food de Povos Indígenas, com o apoio da Slow Food International e Slow Food México.

O evento é realizado com o apoio da Fundação W.K. Kellogg e Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrário (FIDA), Tamalpais Trust e o Complexo Cultural Los Pinos.

Sobre os organizadores

Timo’Patla Intercultural A.C: um grupo empreendedor de mulheres e homens de Nahua, Totonaco e Mixtec que conduzem processos coletivos e de liderança a partir do bem viver com os povos e comunidades do México”.

Slow Food é um movimento mundial que atua para garantir uma alimentação boa, limpa e justa para todos. Cultivamos uma rede mundial de comunidades locais que defendem a diversidade cultural e biológica, a educação alimentar e são reivindicam uma política alimentar mais justa e equitativa. A Slow Food cresceu até envolver milhões de pessoas em mais de 160 países em todo o mundo. Dentro do movimento, a Rede Slow Food dos povos indígenas dedica-se a preservar, promover e celebrar o patrimônio e os direitos alimentares dos povos indígenas em todos os continentes. A rede facilita a criação de redes e promove um ambiente colaborativo para os defensores do sistema alimentar dos povos indígenas, onde se pode perseguir sonhos, desenvolver projetos, acessar recursos e criar redes valiosas.

 

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