O mercado de produtores português junta-se à rede de Mercados da Terra Slow Food e sedia o lançamento da Aliança de Cozinheiros Slow Food de Portugal
23 Nov 2023 | Portuguese
26 de Novembro, Sistelo (Portugal)
A rede Slow Food dos Mercados da Terra acolhe um novo membro, o primeiro em Portugal, que passa a integrar a rede global de 95 mercados em todo o mundo.
O Mercado de Sistelo conta com a presença de pequenos produtores locais das Terras do Alto Vez, com uma oferta de produtos locais frescos e de sabores exclusivos e de alta qualidade: desde hortícolas, broa de milho, fruta, queijos, ovos, carnes certificadas, entre outros. Em particular, dois produtos da Arca do Gosto estarão disponíveis ao público: o feijão Tarrestre das Serras de Peneda e Soajo e a broa de milho de Arcos de Valdevez.
Localizado no Parque Nacional da Peneda-Gerês, Sistelo é uma das mais belas aldeias do norte de Portugal. O mercado acontece todo último domingo do mês, durante o ano inteiro, das 9h às 16h – no Lugar da Igreja.
O Mercado da Terra é um projeto implementado pelos membros da comunidade Slow Food “Aldeia Slow Food – Sistelo” com o apoio da junta da freguesia de Sistelo, do município de Arcos de Valdevez e é financiado pelo programa PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020) e gerenciado pela ADRIL (Associação de Desenvolvimento Rural Integrado de Lima).
O objetivo é conscientizar sobre o valor dos produtos que fazem parte do patrimônio agrícola e gastronômico local, criando uma alternativa aos canais comerciais existentes que geralmente vendem produtos da agricultura industrial, transportados de longas distâncias e, em sua maioria, cultivados em estufas com métodos intensivos. O Mercado da Terra Slow Food de Sistelo pretende se tornar uma alternativa confiável para quem gostaria de encontrar alimentos bons, limpos e justos.
O Presidente da Junta de Freguesia de Sistelo, Sérgio Rodrigues, afirma: “O principal objetivo do mercado é incentivar a produção e aumentar o número de produtores. O nosso mercado nasceu a partir da ideia de ter um lugar onde os nossos produtores possam vender os seus produtos perto do local de produção e diretamente ao consumidor, reduzindo os custos logísticos e otimizando o proveito. O impacto é enorme. A valorização do produto se traduz em desenvolvimento sustentável para a aldeia, com um aumento da renda e com um desenvolvimento social, ambiental e paisagístico de uma área, onde a paisagem em socalcos é classificada como Monumento Nacional. O Mercado da Terra é também muito importante como atração turística para as dezenas de milhares de visitantes que visitam a aldeia todo ano.”
Durante a cerimônia de abertura, que contará com a presença de alguns representantes da rede internacional dos Mercados da Terra (Mercat de la Terra de Barcelona, na Espanha, e o Samstag Mart da Itália), dos convivia e comunidades Slow Food nacionais, dos associados do Slow Food de Santiago de Compostela, e de alguns representantes dos parceiros e da administração local, será lançada a Aliança de Cozinheiros Slow Food de Portugal.
A Aliança portuguesa é a última a se juntar à rede Slow Food, que conta com 1264 cozinheiros, que defendem a biodiversidade alimentar, em 31 países do mundo.
Cozinheiros de restaurantes, bistrôs, cantinas e cozinhas de rua que apoiam diariamente os pequenos produtores, os guardiões da biodiversidade, utilizando os produtos das Fortalezas e da Arca do Gosto, bem como frutas, hortícolas e queijos locais, em suas cozinhas.
Os cozinheiros devem incluir os nomes dos produtores em seus cardápios, para dar visibilidade ao seu trabalho. Os cozinheiros da Aliança de Cozinheiros viajam, reúnem-se, participam de eventos e cozinham juntos.
Vasco Guimarães, representante da Aliançade Cozinheros Slow Food de Portugal, afirma: “O lançamento da Aliança de Cozinheiros em Portugal, sob a égide do Slow Food e com a ajuda dos chefs, é uma oportunidade para todos conhecermos e valorizarmos os nossos produtos locais e os seus produtores de uma forma mais estruturada, incentivando e reconhecendo o seu trabalho, e promovendo o alimento como identidade de um território.”
A seguir o programa de domingo, dia 26
10h00 Abertura do Mercado local de Sistelo – Lugar da Igreja – Sistelo – Arcos de Valdevez
11h00 – Reconhecimento oficial do Mercado da Terra Sistelo Slow Food com a coordenação internacional do Slow Food, na pessoa de Elena Sandrone e instituições locais.
12h00 – Show Cooking Slow Food – com produtos locais do Mercado da Terra de Sistelo e dirigido por chefs da Aliança, entre eles: Vasco Guimarães, Liliana Duarte, Álvaro Dinis.
15h00 – Apresentação da “Aliança dos Cozinheiros Slow Food” com a coordenação internacional do Slow Food na pessoa de Daniela Conte e Vasco Guimarães (título: “Lançamento do projeto da Aliança de Cozinheiros Slow Food de Portugal”
16h00 – Assinatura da constituição da Aliança de Cozinheiros Slow Food de Portugal
A seguir a lista de cozinheiros que aderiram à Aliança Slow Food de Portugal até o momento.
- Ana Costa, do Costa do Vez (Arcos de Valdevez)
- Dantas Joaquim, do Habitat Natural (Arcos de Valdevez)
- João D’Eça Lima, do Xisto (Louçainha, Penela, Coimbra)
- Lídia Brás, do Stramuntana Gaia (Vila Nova de Gaia, Porto)
- Liliana Duarte e Álvaro Dinis Oliveira, do Cor de Tangerina (Guimarães)
- Marco Sousa, do Tia Amélia (Sistelo)
- Noélia Jerônimo, do Noélia (Tavira)
- Paula Miguel, do Ficus Café Concerto (Olhão)
- Renato Cunha, do Ferrugem (Vila Nova de Famalicão)
- Sandra Amado, do Canto do Lobo (Caminha)
- Susana Pinho, do Quinta Nova (Vila Real)
- Susana Vieira, do Pedrógão (Arouca)
- Vasco Guimarães, do Casas da Lì (Arcos de Valdevez)
- Victor Hugo Sintra, do Porter Bistro (Lisboa)
Saiba mais:
http://www.mercadodesistelo.
Pessoas de contato:
Jorge Miranda, líder do Slow Food Alto-Minho: [email protected]
Esmeralda Vieira, coordenadora do Mercado da Terra: [email protected]
Gabiente de Imprensa do Slow Food Internacional
Paola Nano – [email protected] (+39) 329 8321285
Alessia Pautasso – [email protected] (+39) 342 8641029
O Slow Food é uma rede mundial de comunidades locais fundada em 1989 com o objetivo de contrabalançar o desaparecimento das tradições alimentares locais e a disseminação da cultura do fast food. Desde então, o Slow Food cresceu e se tornou um movimento global que envolve milhões de pessoas em mais de 160 países e que trabalha para que todos possamos ter acesso a alimentos bons, limpos e justos.
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